terça-feira, 8 de março de 2011

Tempo...

Aproveite os momentos de folga. Eles são como diamantes brutos. Desperdice-os e jamais saberás o valor que eles têm. Aperfeiçoe-os e eles se tornarão as pedras preciosas mais brilhantes de uma vida útil.

Ralph Emerson

HOMENAGEM AO DIA DA MULHER

ARCO-ÍRIS SOBERANO

A sociedade tantas vezes tenta
Te diminuir, te humilhar, te derrubar;
Mas tu sabes vencer qualquer tormenta,
Destoando ao longo da história secular.

Sem ti, o amor não conseguiria sorrir;
A força não teria a flexível delicadeza.
A humanidade não teria tamanha beleza
E a vaidosa razão jamais se permitiria sentir.

Tudo fica mais lindo com a tua existência:
A vida, mais leve; o caminho, mais florido;
A canção, mais bela; o poema, mais colorido.
As paixões assumem mais sentido e eloqüência.

Os homens já colonizaram continentes
E ousam até desbravar outros mundos,
Mas os universos femininos profundos
Seguem inacessíveis para tanta gente.

Nos trabalhos, desigualdades imperam.
Tradições patriarcais ainda prevalecem...
De muitos assédios as mulheres padecem...
Preconceitos machistas a elas se impuseram.

O tempo trata de corrigir os absurdos.
As mulheres vêm conquistando seu valor;
A cada geração, ganham mais respeito,
Afirmando sua dignidade e aliviando sua dor.

Feliz do homem evoluído por uma mulher.
Abençoada a arte inspirada pelo seu toque.
Seus exemplos engrandecem multidões a reboque.
Ainda que o chão estremeça, elas continuam de pé.

A mulher é o Sol que nunca se esconde;
A chama que não queima e nem se apaga;
É o arco-íris supremo, de tintas infinitas,
Sob molduras muito mais vibrantes e bonitas.

( Pablo Robles - POETA DO SOCIAL )

Fonte: Blog o Grito Pacífico

Poemas - isso me faz pensar!!!

A mulher perdigueira
Fabricio Carpinejar
A mulher perdigueira sofre um terrível preconceito no amor.
Como se fosse um crime desejar alguém com toda intensidade. 
Ela não deveria confessar o que pensa ou exigir mais romance. 
Tem que se controlar, fingir que não está incomodada, 
mentir que não ficou machucada por alguma grosseria, 
omitir que não viu a cantada do seu parceiro para outra. 
Ela é vista como uma figura perigosa. 
Não pode criar saudade das banalidades, extrapolar a cota de 
telefonemas e perguntas. É condenada a se desculpar pelo excesso de cuidado. 
Pedir perdão pelo ciúme, pelo descontrole, pela insistência de sua boca.
Exige-se que seja educada. Ora, só o morto é educado. 
O homem inventou de discriminá-la. Em nome do futebol. 
Para honrar a saída com os amigos. Para proteger suas manias. 
Diz que não quer uma mulher o perseguindo. Que procura uma figura submissa 
e controlada que não pegue no seu pé. 
Eu quero. Quero uma mulher segurando meus dois pés. 
Segurar os dois pés é carregar no colo. 
Porque amar não é um vexame.
Escândalo mesmo é a indiferença.
Fabricio Carpinejar: 
é poeta, jornalista e mestre em Literatura Brasileira pela UFRGS. Nascido em Caixias do Sul (RS), é filho dos poetas Carlos Nejar e Maria Carpi, adotou a junção de seus sobrenomes em sua estréia poética, As solas do sol, de 1998. Em 2003 publicou, pela editora Companhia das Letras, a antologia Caixa de sapatos, que lhe conferiu notoriedade nacional.

Parafraseando...

Nunca pelo bem da paz e da tranquilidade negue suas convicções e experiências.  Day Hammarskgold